Nem todos os dias o sol reflete as
cores mais bonitas. Recordo-me de quando li o livro “O lado bom da vida” de
Matthew Quick, e o personagem principal Pat, repetia para si, insistidas vezes,
a frase: “ Acima das nuvens o sol continua à brilhar”, então me indago à
respeito da relativização das coisas, somos aquilo que queremos, ou queremos
aquilo que somos?
Nem todos os dias enxergamos o
sol refletindo as cores mais bonitas, também poderia mudar a conotação da frase
desse modo, e trazer para esse ponto de vista, mas isso me atribuiria a
responsabilidade do fato de não querer ver as cores mais bonitas refletidas
pelo sol.
Mas qual o motivo de tal
indagação? E qual a necessidade de escrever sobre isso?
Nos últimos dias as palavras têm soado
como explosões em meio a uma guerra de conflitos culturais, e defesa de interesses.
Temos utilizado da plurissignificação para justificar nossos pensamentos,
defender nossas convicções, e até atacar. Uma simples postagem de qualquer
assunto puramente simples têm tomado proporções inimagináveis, basta abrir o
twitter e olhar qualquer uma das publicações relacionadas as hashtags nos Trend
Topics, ou abrir o facebook e vermos mais uma noticia de violência, escritas
por pessoas que querem likes, e conteúdo para gerar discussão, e guerras “desarmadas”
nos comentários se iniciam. E se abre espaço para a indagação de até onde se
tudo é válido para a evolução do nosso pensamento, e da nossa sociedade, afinal
caminhamos para a tolerância ou para o caos?, e aí se abre mais uma discussão
embasada por minhas palavras.